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Ano novo, internet velha

2024 tá aqui, são 15 anos blogandos sem muita repercussão, rs. Tudo bem, boa parte disso ficou pra trás lá no meu antigo blogspot. Coisas que nem quero recuperar, risos. Mas cá estou eu novamente pensando neste espaço e no que fazer com ele. Bom… Continuarei postando os quadrinhos e talvez alguns desenhos, não sei mais. Mas a coisa vai continuar rolando por aqui, rs.

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Sobre novos passos profissionais (e os quadrinhos)

Boa tarde, querides!

Espero que esteja tudo bem por aí. Por aqui, as coisas seguem andando nos seus ritmos particulares. Mesmo que às vezes eu julgue que o ritmo deveria ser outro, no fim das contas as coisas se ajeitam e parecem fazer algum sentido posteriormente. É claro que esse sentido quem atribui sou eu; mas isso realmente importa?

Por aqui, estou concluindo uma segunda graduação no próximo semestre. A loucura de fazer uma monografia já está rondando por aqui novamente. A diferença é que desta vez me parece que o trabalho vai ser mais prático, envolve mais o fazer artístico em si do que uma pesquisa debruçado sobre livros; mas posso estar enganado, é claro. Além disso, estou fazer uma pós graduação em educação e as aulas têm sido muito, mas muito, interessantes. Gostei bastante da turma e me encontrei em várias situações ali. Me parece ser um ambiente fértil para discussões que me são caras, talvez até mais do que nas Artes; embora eu ache que essa afirmação, que não é bem uma afirmação, visto que usei o talvez, sofre bastante influência do fato de eu estar um pouco cansado do ambiente e do ciclo atual; o que diz muito mais de mim do que do ambiente, das pessoas e das coisas em si.

Fora isso, estou bastante atrasado no meu trabalho como quadrinista. A pesquisa para o próximo livro está sendo bem mais difícil do que imaginava e, o novo processo, usar um software diferente, em um novo computador e ter uma nova cara para o projeto, tudo isso junto, está me consumindo tempo muito mais do que poderia dimensionar quando comecei. Mas tudo bem, em larga medida fazer um trabalho de arte envolve essa dimensão do “não saber” o que está fazendo até que se senta para fazer e se depara com o problema de frente. Este livro, que agora já não sei quando poderei finalizar, será feito de qualquer forma, não por uma obrigação contratual; mas porque o seu assunto central na minha vida: retomada.

Nos tempos livres, tenho feito o terceiro capítulo de Oiri. No último feriado fiz 3 páginas das 20 que tenho roteirizadas. O ChatGPT me ajudou a separar o roteiro em partes, a revisar o inglês e também fez sugestões na trama. Algumas péssimas e outras razoáveis. Acatei algumas, nem sempre as razoáveis. Esse mangá tem uma função específica aqui que é: fazer algo simplesmente pelo prazer de fazer, por diversão mesmo e enquanto isso treinar o inglês. É importante frisar que quem faz a revisão do texto nesse projeto é o gentil Alexandre do Ultimato Bacon. Aproveitem e visitem o site dele.

Bom… eu tô nessa de fazer blogs desde 2009. Em 201 retirei do ar o conteúdo antigo por motivos de página virada; mas é um formato que eu acho maneiro; embora a Internet tenha virado vídeo, risos.

Decidi não produzir mais nada relativamente sério no Twitter. A rede morreu. Enquanto isso, estou pensando no Substack (que não sei usar, e por isso não uso ainda), a minha newsletter atual e o Blog aqui. Quem assina a Newsletter recebe mais coisar, porque se tem uma coisa que aprendi é que nem tudo precisa (ou pode [ou deve]) estar público na internet.

Vejo vocês no próximo post.

Obrigado por acompanharem até aqui.

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Iart, obrigado por tudo

Foto por Mariana Santos @peixeaomar

Ainda não escrevi sobre, acredito que porque, ainda, não tinha percebido a dimensão das mudanças na minha vida com o ciclo que concluí recentemente na UERJ — finalmente estou formado e autorizado a dizer, formal e institucionalmente, que sou professor de artes, arte-educador, como também dizem. Mas hoje, olhando no sistema e vendo que a colação de grau consta lá — e dando entrada no pedido de diploma — a ficha caiu retumbante. Daí que estou aqui, escrevendo.

Sempre fui um sujeito das artes. Quando mais novo, muito enfeitiçado pela história da carochinha do gênio que vence todas as adversidades — ou fracassa desgraçada e romanticamente sendo reconhecido após a morte -, tentei de muitas formas me legitimar nos espaços. De algumas formas, consegui. Mas a conta por se legitimar sozinho, para pessoas como eu, é alta demais; tão cara que, depois de alguns anos, não tinha mais estrutura psicológica para continuar me bancando, me afirmando, etc. veio um período de crise, interna e externa, e não deu mais. Veio a necessidade de reinvenção.

Assumir que, em meu caso, a aspiração ao “gênio” como narrativa era, em larga medida, fruto de uma miragem rasteira da lógica neoliberal foi dolorido, bem mais do que a minha máscara leonina gostaria de admitir e, claro, levei muito tempo para suturar essa ferida narcísica e adotar uma postura tão afirmativa quanto possível para seguir adiante reconstruindo-me também como possível.

A sala de aula me atravessou muito cedo. Uma amiga disse lá no começo que eu tinha um dom quase mágico para dar aulas. Em uma pequena medida ela estava certa, mas só o suficiente para significar que, sim, a sala de aula era um lugar onde eu me sentia bem em ocupar. Erros e acertos, claro; mas sempre mantive uma ética de que me orgulho e sempre pensei esse lugar, a sala, como feito para o aluno acima de qualquer vaidade — muita — que eu tivesse.

Após a crise, pelo menos a interna, se aquietar minimamente, fiz o vestibular e passei. Encontrei professores maravilhosos, colegas incríveis e eu, que já tinha me desenganado quanto a ideia de estar numa universidade pública, me vi ali, ocupando uma, sendo parte de uma. Emoções mil (acho que li numa das cartas do Caio F.), cansaço, suor e lágrimas, mas a cada período a certeza se sedimentava: a sala de aula é mesmo um lugar para mim. Nada fácil. Nunca é. E quantas ambivalências! Falar terrivelmente mal de um professor num dia e, às vezes, no mesmo dia ser surpreendido com um ato maravilhoso daquele que até há pouco era teu algoz. A sala de aula é foda, risos.

Durante um tempo, acho que lá por 2016, eu entrava no site do Iart para ver a ementa do curso e ficava estudando sozinho para me inteirar das coisas que naquela época eu achava que não eram mais possíveis para mim. O que quero dizer é que quando entrava no site eu me sentia muito melancólico porque não estava ali (formalmente estudando), porque estava às margens e, naquela época, ainda estava sarando a ferida de que mencionei a pouco — aquela de quando o vidro com a projeção do mito do gênio se estilhaçou na minha frente desencadeando o começo da crise e a necessidade de reinvenção. Importante afirmar que, claro, estava enganado: aquele lugar poderia, sim, ser o meu lugar também.

Ainda bem que tive o discernimento de entender isso.

Todo professor da minha formação foi muito importante, até os péssimos. Acontece, né? Se tem o ótimo, tem o péssimo. Inclusive, acontece de ser um péssimo aluno também. E nem precisa faltar pra isso, ou mandar mal numa prova, ou sei lá o quê; para ser um péssimo aluno basta estar de ouvidos fechados, não querer troca. Em vários momentos me vi assim, indisposto à troca. Não me arrependo nenhuma vez de ter revisto essa posição obtusa.


Há pouco estava lendo o Paulo Freire. Estou estudando para um concurso. Sinto que as coisas começam a mudar e que agora tenho, como nunca tive, planos sólidos para o futuro. Sólidos porque tenho para me amparar, centenas de colegas e professores que agora são meus pares e por isso já não me afirmo sozinho, já não preciso procurar brechas para me legitimar sozinho. A legitimação de agora é coletiva e isso é muito, mas muito, bom mesmo.


Como disse, estou estudando para um concurso. Espero passar, ter estabilidade, retribuir o que, tão suado, meus pais fizeram por mim. E também, claro, o que eu fiz por mim, porque de fato foi um feito coletivo (sem as múltiplas redes de apoio, família, companheira, colegas, professoras não seria possível), mas também individual. (e aqui julgo necessário marcar e agradecer ao cuidado que tive comigo mesmo em me dar uma nova chance)

Entrei na licenciatura do Iart extremamente vaidoso — do tipo melindroso, veemente às vezes vazio -, saio vaidoso. Mas cheio de dúvidas.

E isso é muito, muito, bom mesmo. Risos.

IART, obrigado por tudo.

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Figurativo e Abstrato

No Post de hoje, faremos um breve comentário sobre as tendências da arte, o figurativo e o abstrato. Essas tendências são muito importante para entendermos a história da arte e para fazermos as nossas atividades do encontro de hoje.

Para nos ajudar a pensar os dois termos, vamos ao dicionário:

clique na imagem para saber mais
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Pudemos perceber que a arte figurativa é aquela que tenta REPRESENTAR elementos da realidade, enquanto que a abstrata está mais focada nos ELEMENTOS FORMAIS.

Para mais detalhes sobre os diferentes abstracionismos, clique aqui.

O figurativo e o abstrato nas artes

Proposta de atividade:

A proposta é criarmos uma composição artística abstrata utilizando lápis e giz de cera. O intuito do é que façamos uma composição mais assimétrica, que trabalhe a ideia de tensão que Donis A. Dondis menciona em seu livro.


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